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domingo, 26 de julho de 2009

Conversas

Conversas na fila do quiosque do pão:
"-Oh Matrakilho, já alguma vez pensaste que se calhar nós amamo-nos e não sabemos?
-Sei lá, talvez, toda a gente diz que nós ainda vamos acabar juntos um dia!
-lol...
-lol..."
:p

sábado, 18 de julho de 2009

Pensando, dissertando, elaborando teorias


Todo e qualquer facto e acontecimento é determinado por ciclos/correntes intermináveis de influências, que fazem da aleatoriedade uma verdade inventada e questionável.
Teoricamente tudo é cientificamente explicável. O "inexplicável" e o "aleatório" são classificações atribuídas pela absurda dificuldade lógica de determinar e descobrir os ciclos/correntes de inlfuências que deram origem a tais acontecimentos. Até um simples comportamento humano é influenciado por uma personalidade moldada de determinada forma e por meras reacções químicas cerebrais. O destino como o conhecemos, como o tratamos, acaba por ser matematicamente possível de prever.
Será que o futuro é modificável?
Será que vale a pena lutar contra as correntes de influências que nos aprisionam?
O destino não é um livro divino escrito no início do Mundo onde tudo está registado, mas não existem dois futuros possíveis, o que virá será único, aproveita, não lutes.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

o que se vê

A imagem não é minha, elogio a sua autoria, mas é que ela serve o propósito das minhas palavras...

É triste assistir a um teatro de marionetas ao vivo, na vida real, onde as marionetas querem acreditar que têm decisão e força próprias, e são simplesmente manipuladas ao sabor do vento, das vontades, sejam elas divinas, abstractas ou humanas...

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Quem não tem um dia bom daqueles? E quem não tem também um dia mau daqueles de vez em quando? Hoje a soneca não correu muito bem e acordei com o espírito da mula. Parece que ao invés de um sono revigorante tive um sono desgastante. É normal, acontece, e vai-se tentando controlar a má disposição de forma a evitar que os outros levem com o nosso mau humor em cima sem terem culpa, o que, só por si, não é um esforço nada pequeno. O sol dá mostras de querer dizer que o dia é bonito e que toda a gente deve estar feliz e contente, mas por razões que a injustiçada da própria razão desconhece, às vezes lá temos que ser do contra, andar do contra, mesmo com condições climatéricas agradavelmente favoráveis. Esta pressão dos exames, ansiedade e nervos não ajudam em nada ao controlo.
Lá pelo meio do dia até nos surge uma voz bonita ao telefone, algo que nos faz querer sorrir, mesmo que, com tudo o que acontece, a disposição não seja a melhor. Um convite simpático que nos diz que às vezes até somos importantes, especiais, ou mesmo apenas necessários. O cansaço era algum e a custo lá fui tomar um duche para aceder ao convite.
Ponto de encontro: o sítio do costume.
A pessoa: não está lá, saiu, disse que vinha em minutos e já lá vão duas horas.
Ao que parece foi enfrascar-se em drogas sentimentais que lhe permitem sentir-se feliz, ainda que apenas por alguns minutos, horas, não mais. A droga fê-la chorar num outro dia, fê-la chorar no meu ombro, fez-me ampará-la com a ternura que não consigo negar-lhe e fez-me limpar-lhe as lágrimas. Saiu então nesse dia com um sorriso rasgado, divertida ou simplesmente bem-disposta. Eu, orgulhoso e cansado do meu pequeno trabalho, saí com um sorriso igual ao dela.
Disse-lhe para fazer o correcto, para se largar de um vício errado e que ela sabe ser errado, ela assentiu e recusou-se a ser vítima da fraqueza, a rasgar o seu orgulho. Mas hoje, contra tudo isso, correu e fugiu. Aqui estou eu à sua espera enquanto ela corre doida atrás de sonhos mentirosos, atrás da sua ilusão de ser feliz. Às duas por três, com esse seu coração de menina apaixonada e iludida com esses sonhos, terei que lhe limpar as lágrimas de novo. Sim, porque com muita pena minha ela voltará a derramar aquelas lágrimas de coração quebrado.
Tenho pena que os seus sentimentos se sobreponham à sua consciência, e que ela dê mais valor a quem a faz brotar aquelas gotas de cristal antes de adormecer do que a quem faz um esforço apenas para a ver sorrir. Tenho pena. Compreendo, perdoo, mas não concordo e não tenciono cooperar. Chorar faz bem, até nos acalma, mas correr em busca do choro é sadismo. Um sadismo tramado a que o sentimento nos expõe, uma perda da noção, da coerência, da razão, da calma, da objectividade. Espero que percebas o melhor a fazer, que não te atires "over and over again" para a toca do lobo. Espero que, apesar de todas as cabeçadas que possas dar, nunca percas aquele sorriso, aquela parolice única que te dá um brilho especial.
E no final de tudo já sabes: "It's up to you to do the right thing, it's up to you to get ok, to feel ok, to be ok..."