tvAAC

domingo, 24 de outubro de 2010

Indefinição


Viver na indefinição é um tumulto pesado. Junto com a incerteza de qual foi o erro, faz o meu espírito pesar toneladas. Mesmo quando se podia dizer "do chão não passa", começo a sentir o solo a ceder sob os meus pés. Não, já não há verdades absolutas nem interpretações totalmente correctas. Por mais que explore a questão vou sempre encontrar muita subjectividade nos detalhes.


A minha cabeça tem nela um enxame de abelhas furiosas. O meu coração é um mar revolto em tempo de marés-vivas.

Estou perdido e de cabeça perdida. Já há muito que assim não ficava, e logo agora que tinha a minha paz de espírito num pedestal e a adorava. Juro que se o destino existe, se existe uma ASAE da vida, essa entidade não me grama, só pode. Viver constantemente a dar cabeçadas não pode ser tudo culpa minha, nem a minha burrice consegue chegar a tais proezas. De repente acredito na reencarnação, porque não há nada nesta vida que eu possa ter feito para acumular esta carga massiva de karma tramado. Quero justiça! Quero a verdade! Quero sinceridade! Quero perceber porquê!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E, assim do nada, fico sem saber se o puzzle com uma peça em falta (traduza-se "coisa complicada e de difícil solução") sou eu ou é o outro lado do vidro transparente que separa a consciência da completa ignorância.

O que é facto é que já sou grandinho e supostamente devia ser capaz de encontrar a página do livro na qual me perdi, do meu livro favorito, o livro da verdade absoluta. Só que, perdição das perdições, não sei onde me esqueci dessa bíblia da vida...

Tempo... é o tudo o que eu quero, tudo o que eu preciso e tudo o que eu não tenho.