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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Para o meu raio de sol das Caldas =p


Ai ai, dia custoso este, é difícil ser-se gente, ser-se grande, ser crescido, a responsabilidade mata-me. Um banho quente e relaxante espera-me. Coisa saborosa, é mais um bocadinho que tenho para mim e para os meus pensamentos.
Desta vez vem-me à memória a minha infância, foi normal como qualquer outra tão diferente mas é impossível não esboçar um sorriso ao recordar a minha vida em pequenito… Apesar de até nem ser muito desajuizado lembro-me que era algo enérgico como toda a gente daquela idade. É engraçado, naquela altura tinha amigos, muitos amigos, de todas as idades, pirralhos como eu, mais velhos amigos da minha irmã e até da idosa geração daquele tempo da qual metade já me vê a partir de lá de cima. Não me sentia incomodado nem era mal recebido por entrar em qualquer casa lá na aldeia, era bem conhecido e bem estimado. Aos sábados depois de almoço lá pedalava com o meu pai rumo ao café. Nunca entrava sem antes cumprimentar toda a gente na esplanada e ao entrar cumprimentava quem se encontrava lá dentro, era comum sentar-me já cansado dos vinte ou trinta apertos de mão a toda aquela gente, das cócegas, beliscões e roubos de boné brincalhões que recebia junto com os cumprimentos.
Era fácil fazer amigos, era fácil ter amigos, era fácil manter amigos. Raramente ouvia um “não” como resposta quando me escapava naturalmente a pergunta “ queres ser meu amigo?”. Era fácil ser-se criança e os amigos não exigiam muita dedicação para continuarem a ser amigos. Depois comecei a crescer. Mudei de escola, de ares, de regras a fazer amigos. Demorei algum tempo a ser capaz de perceber como funcionavam e a ser capaz de cumprir as novas condutas. As relações com o evoluir da idade tornam-se mais sérias, mais certas, mas como tudo acarretam também mais responsabilidade e empenho. É mais difícil fazer amigos, é mais difícil ter amigos, é mais difícil manter amigos. Eles existem, mas são diferentes. Há que ter muito cuidado para não confundir sentimentos. É difícil às vezes não desrespeitar um amigo (mesmo que sem querer) tal como o era em criança, à excepção de que agora as consequências são sérias.
Mas apesar de tudo ainda há dias em que o sol brilha para nós, ainda há dias alegres, ainda há dias em que o destino nos brinda com belas surpresas, e, diga-se de passagem, conheço poucas belas surpresas melhores que um novo amigo. Nem me lembro bem em que dia foi, lembro-me que vagueava pela escola com a Ana e a Anita e lá no bar nos cruzámos com uma menina:
“-Bruno, esta é a Andreia, Andreia este é o Bruno.”
“-Encantado!”
E razões para estar encantado tinha eu, sem imaginar tinha feito ali uma amiga, uma bela amiga que me fez lembrar aquelas amizades do tempo de criança, uma amizade espontânea e divertida. Rapariga de fácil conversa, sentido de humor, voz sexy =p e um sorriso radioso! Demorámos algum tempo a reatar o contacto depois daquela primeira conversa mas depois levei pouco tempo a gostar ainda mais da minha nova amiga. Pessoalmente só estivemos juntos uma meras duas vezes mas ela está sempre presente. Às vezes escorrego dos altos para os baixos da minha vida e lá pelo meio, mesmo até de noite o sol brilha, por mensagem de telemóvel ou internet o meu pequeno adorável raio de sol faz-se sentir e lá brilha com um “Olá! :-)”. Então lá subo outra vez para o alto como se tivesse naqueles infantis anos encontrado um companheiro de brincadeira. Mesmo ao longe, aqui a uns 2600km de distância ela consegue pôr-me a sorrir com um pequeno sorriso.
É o meu querido Raio de Sol! Pediu-me um poema. Não sou grande poeta. Deixo-lhe aqui aquilo que melhor sei dar, palavras sinceras de quem agradece.
Um beijinho muito especial!***

3 comentários:

Anónimo disse...

o sol, por vezes e a unica coisa que nos ilumina o caminnho durante a noite tenebrosa..

por momentos foste o meu sol *

obrigado *

:P

Anónimo disse...

E fantastico passei aqui para ler isto de novo e voltei a deixar cair um lagrima no olho!

Acho que fui injusta contigo, ( nao foste por momentos o meu sol) porque já passaram dois anos e ainda estas aqui, do meu lado para controlar o meu estado pudico de alma.

Obrigado, por isso e pelas outras coisas do fundo do <3

Beijinho.*

Matrakilho disse...

Ah ah ah o seu estado púdico de alma... :D A minha mãe dizia "para maroto, maroto e meio", mas para uma amiga de verdade como tu devo ser um amigo vezes dois! Por isso, como tanto gosto de dizer, não agradeça, apenas faça por continuar a merecer... ;-)